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Clima é o vilão da alta dos alimentos

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Luciele Velluto

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registra alta de 2,89% desde o começo do ano, até agosto. Fatores climáticos, exportação, produção e safra afetam o preços dos produtos consumidos no dia a dia dos moradores da Região Metropolitana de São Paulo.

Um dos produtos com maior elevação de preço foi o feijão carioca, que subiu 65,43% desde o começo do ano. O produto foi afetado pelas condições climáticas adversas, como grande período de estiagem, o que reduziu a oferta do item no mercado e, consequentemente, provocou a elevação de preço. “A ocorrência de clima seco prolongado durante o outono e o inverno foi ruim para a safra de feijão”, explica Flávio Godas, economista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

O aumento desse produto teve início em março e prosseguiu até em junho. A partir de então a leguminosa começou a apresentar redução de preço, com 11,49% já no mês de agosto. A expectativa é que a tendência de queda continue. O grupo de alimentos que também foi afetado pela estiagem foram os cítricos, como laranja, limão e tangerina. De acordo com Godas, com a falta de chuvas no período da colheita (entre o fim do outono e o início do inverno), faz com que frutas produzam menos suco.

Fatores como exportação e quebra de safra pressionaram os preços, que foram repassados ao consumidor (Foto: Paulo Pinto/AE)

Maior produtor

Como o País é o maior produtor de suco de laranja, a indústria foi obrigada a comprar mais frutos para produzir, principalmente para atender ao mercado externo, cujo bom preço estimula a exportação. Por isso a laranja ficou mais cara, movimento que a tangerina não seguiu.

No caso do alho, o que chama atenção para o aumento de 35,15% é a falta de produto no mercado. O Brasil não produz alho suficiente para atender sua demanda interna e, por isso, tem de importar esse item da Argentina. Porém, a safra do país vizinho não foi boa neste ano e o mercado precisou importar o produto de outros locais, como a China, para equilibrar o preço. E isso pesou no custo, que foi repassado para o consumidor final.

Na contramão, alguns alimentos estão com bons preços porque o tempo seco no período do inverno ajudou a produção agrícola, como é o exemplo da batata, que acumula queda de 17,60%. “O mercado está lotado de batata porque a chuva deu trégua para a plantação”, explica o economista da Ceagesp. Legumes e verduras também têm uma boa safra e bons preços aos consumidores. A alface acumula queda de 13,46% no ano, bem como a cenoura que está 12,82% mais barata.

Para fugir dos preços altos, o consumidor pode realizar algumas substituições. Frutas como a manga, banana nanica, melão e morango já entraram o mês de setembro como boas opções. Estas frutas apresentam custo baixo e boa qualidade.


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